A virtualização de desktop ou VDI (Virtual Desktop Infrastructure), é o conceito de isolar uma instância do sistema operacional (SO) de desktop, como o Windows 10 Pro, por exemplo, da máquina que vai usá-la que pode ser um desktop, um notebook ou mesmo um dispositivo “burro” como um Thinclient.
Conheça também o Windows Virtual Desktop, que é a solução de Desktop como serviço dentro do Azure.
O uso de VDI em ambientes de produção, somente é possível graças a evolução das tecnologias de virtualização que permitem cada vez mais as empresas maximizarem, dinamizarem e estenderem o uso de recursos computacionais em seus ambientes.
Existem vários modelos conceituais diferentes de virtualização de desktops, que podem ser divididos em duas categorias com base se a instância do sistema operacional é executada local ou remotamente.
É importante notar que nem todas as formas de tecnologia de virtualização de desktops envolvem o uso de máquinas virtuais (VMs).
Tipos de tecnologias de virtualização de desktops
As formas de virtualização de desktop baseadas em host exigem que os usuários vejam e interajam com seus desktops virtuais em uma rede usando um protocolo de exibição remoto.
Como o processamento ocorre em um data center, os dispositivos clientes podem ser PCs tradicionais, mas também thinclients, zero clients, smartphones e tablets. Exemplos de tecnologia de virtualização de desktop baseada em host incluem:
Máquinas virtuais baseadas em host: cada usuário se conecta a uma VM individual hospedada em um data center. O usuário pode se conectar à mesma VM sempre, permitindo a personalização (conhecida como uma área de trabalho persistente), ou receber uma VM nova em cada logon (uma área de trabalho não persistente).
Hospedagem compartilhada: os usuários se conectam a uma área de trabalho compartilhada que é executada em um servidor. O Microsoft Remote Desktop Services, anteriormente Terminal Services, leva essa abordagem cliente-servidor. Os usuários também podem se conectar a aplicativos individuais em execução em um servidor. Esta tecnologia é um exemplo de virtualização de aplicativos.
Máquinas físicas baseadas em host: o sistema operacional é executado diretamente no hardware físico de outro dispositivo.
Diferenças entre Virtualização de Desktop e VDI
Os termos virtualização de desktop e virtual desktop infrastructure (VDI) são freqüentemente usados como se fossem sinonimos, mas não são a mesma coisa.
Enquanto o VDI é um tipo de virtualização de desktops, nem toda a virtualização de desktop usa VDI.
O VDI refere-se ao uso de VMs baseadas no host para fornecer desktops virtuais, que surgiu em 2006 como uma alternativa aos Serviços de Terminal e à abordagem cliente-servidor da Citrix para a tecnologia de virtualização de desktops.
Outros tipos de virtualização de desktop – incluindo o modelo hospedado compartilhado, máquinas físicas baseadas em host e todos os métodos de virtualização de clientes – não são exemplos de VDI.
Como licenciar desktops virtuais para Windows?
Essa é a pergunta de 01 milhão de dólares e a maioria dos profissionais de TI respondem errado.
Digamos que você decida simplificar o seu ambiente de TI, fazendo com que seus funcionários façam logon em desktops virtuais em execução em um datacenter, em vez de trabalhar diretamente com suas máquinas locais.
Usar desktops virtuais significa menos manutenção, melhor segurança, mais padronização em toda a organização e mais controle sobre o que esses usuários estão fazendo.
Então você usa o Hyper-V no Microsoft Windows Server, o Citrix XenDesktop ou o VMware Horizon, e implanta os desktops virtuais e está pronto, certo?
Mas espere um minuto … Como você licencia esses desktops virtuais para o Windows?
A resposta óbvia (mas errada) é esta: “Não preciso de licenças do Windows para desktops virtuais porque os desktops locais já possuem licenças do Windows. Então eu posso usar essas licenças de OEM para cobrir as máquinas virtuais. Certo?“
Errado!!
Mesmo se você estiver usando uma máquina local com a mesma versão do Windows que está sendo executada na máquina virtual, você ainda precisa de algo extra para cobrir essa máquina virtual.
A Microsoft tornou isso claro em um Volume Licensing Brief dedicado a este problema: “As licenças OEM não permitem o acesso remoto a uma máquina virtual do Windows em execução em um data center”. Em vez disso, você tem duas opções:
Então como ter um ambiente de virtualização de desktops licenciado?
Compre uma licença de assinatura do Windows Desktop Acess (VDA) para o seu dispositivo Endpoint.
Esta licença dá permissão para acessar uma área de trabalho virtual. Esta opção não só funciona para PCs com licenças de Windows OEM sem Software Assurance, mas também é a maneira correta de licenciar thin clients ou zero clients para acessar desktops virtuais.
Então, se você é como a maioria das pessoas e você não comprou a SA, uma assinatura do Windows VDA é o caminho a seguir.
Mas perceba que destaquei a palavra assinatura e fiz isso por um bom motivo.
A licença do Windows VDA não é perpétua. Na verdade é uma assinatura anual que deve ser feita em um contrato Open Value.
Mas eu faço virtualização de desktops com Citrix ou VMware, logo, não preciso comprar a licença de Windows VDA.
Errado de novo!
As licenças de Citrix ou de VMware cobrem somente o licenciamento pelo uso de suas respectivas tecnologias. Ainda sim, debaixo desses hypervisors você usará uma licença de Windows. E lembre que a licença de Windows só pode ser virtualizada contratando a assinatura do Windows VDA. Não tem com fugir disso!
Windows Server e Remote Desktop Services: uma alternativa ao VDI
Por fim, devo mencionar que existe uma solução alternativa para que seus funcionários tenham os benefícios de uma ambiente virtualizado, sem necessariamente usar a virtualização.
Basta usar sessões de área de trabalho remota em execução no Windows Server. Basicamente é o antigo Terminal Services, que agora se chama Remote Desktop Services.
Para fazer isso, você não precisa de SA em suas máquinas Windows ou uma assinatura VDA. Você só precisa cobrir o servidor com o licenciamento adequado do Windows Server e cubrir o usuário ou o dispositivo com uma CAL do Windows Server e uma CAL do RDS.
Veja abaixo o desenho dessa solução como ficaria.
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