Pode parecer uma dúvida boba para quem é mais avançado, mas ainda vejo muita gente, principalmente quem tem que lidar com assuntos de TI como compradores por exemplo, não saber a diferença entre switch e roteador.
As duas peças de equipamento parecem semelhantes e executam algumas funções semelhantes, mas cada uma tem sua própria função distinta para executar em uma rede.
O que é um switch?
Para entender a rede básica, primeiro você precisa responder à pergunta: “O que é um switch?”
A maioria das redes de negócios hoje usam switches para conectar computadores, impressoras e servidores dentro de um prédio ou campus.
Um switch serve como um controlador, permitindo que os dispositivos em rede possam conversar uns com os outros de forma eficiente.
Tipos de Switch
Os switchs de rede são divididos em duas categorias básicas, a saber:
Switches Modulares: como o nome indica, permite que você adicione módulos de expansão nos switches conforme necessário, proporcionando assim uma maior flexibilidade para lidar com mudanças na estrutura de rede da empresa. Como exemplos de módulos de expansão posso citar módulos para aplicações específicas (Firewall, Wireless e etc), interfaces adicionais, fontes de energia ou até mesmo ventiladores adicionais.
Switches de configuração fixa: são switches com um número fixo de portas e normalmente não são expansíveis. Esta categoria é discutida em mais detalhes abaixo.
Apesar de existirem variações na divisão que farei abaixo, já que os fabricantes de switches estão constantemente adicionando capacidades e evoluindo, mas a essência geral permanece a mesma.
Vamos falar um pouco mais sobre os switches de configuração fixa, pois são os mais comuns.
Os switches de configuração são divididos em:
- Não gerenciados
- Inteligentes
- Gerenciados L2 e L3
Switches não gerenciados
Esta categoria de switch é a que costuma ter o custo de aquisição mais barato e é ideal para cenários de implantação que requerem apenas a camada 2 básica de rede.
Como tal, eles se encaixam melhor quando você precisa de algumas portas extras em sua mesa, em um laboratório, em uma sala de conferências, ou mesmo em casa.
Alguns switches não gerenciados disponíveis no mercado, possuem recursos como diagnóstico de cabos, priorização de tráfego usando configurações de QoS padrão, recursos de economia de energia usando EEE (Energy Efficient Ethernet) e até PoE (Power Over Ethernet).
No entanto, como o nome indica, geralmente esses switches não podem ser modificados ou gerenciados. Basta conectá-los e eles não exigem nenhuma configuração.
Switches inteligentes ou smart
A regra geral aqui é que esses switches oferecem certos níveis de gerenciamento, QoS, segurança, etc., mas é “mais leve” em recursos e menos escalável do que os switches gerenciados.
Portanto, torna-os uma alternativa interessante do ponto de vista financeiro em relação aos switches gerenciados.
Os switches inteligentes se encaixam melhor na borda de uma grande rede (com os switches gerenciados sendo usados no núcleo), como a infraestrutura para implantações menores ou para redes de baixa complexidade em geral.
Os recursos disponíveis para esta categoria de switch Smart variam amplamente. Todos esses dispositivos têm uma interface para gerenciamento – historicamente uma interface baseada em navegador e costumava ser a única maneira de configurar esses dispositivos, embora hoje em dia você possa gerenciar alguns desses dispositivos com CLI e ou SNMP/RMON também. Independentemente disso, esses recursos são mais leves do que o que você encontrará switches gerenciados.
Os Smart Swicthes tendem a ter uma interface de gerenciamento é mais simplificada do que os gerenciados.
Smart swicthes permitem segmentar a rede em grupos de trabalho, criando VLANs, embora com um número menor de VLANs e nós (endereços MAC) do que você obteria com um switch gerenciado.
Eles também oferecem alguns níveis de segurança, como a autenticação de ponto de extremidade 802.1x e, em alguns casos, com um número limitado de ACLs (listas de controle de acesso), embora os níveis de controle e granularidade não sejam iguais a um switch gerenciado.
Além disso, os switches inteligentes suportam a QoS, o que facilita a priorização de usuários e aplicativos baseados em 802.1q / TOS / DSCP, tornando-se assim uma solução bastante versátil.
Switches Gerenciados L2 e L3
Os switches gerenciados são projetados para oferecer um conjunto mais abrangente de recursos, os mais altos níveis de segurança, controle e gerenciamento mais precisos da rede e oferecer uma maior escalabilidade da sua rede.
Como resultado, eles normalmente são implementados como switches de acesso ou agregação em redes muito grandes, ou como switches principais em redes relativamente menores.
Os switches gerenciados devem suportar tanto L2 quanto o roteamento IP L3, embora você encontre alguns com apenas suporte a L2.
O foco deste artigo não é destacar cada um dos recursos disponíveis em switches gerenciados, em breve farei um artigo sobre, mas sim, dar uma ideia das diferenças entre os tipos de switches.
O que é um roteador?
Basicamente, um roteador é responsável por conectar redes diferentes. É o que chamamos de roteamento.
Este roteamento é realizado de acordo com um conjunto de regras que formam a tabela de roteamento. O roteador é um equipamento da camada 3 do modelo OSI.
É o roteador o responsável por conectar a sua rede de computadores da sua empresa a internet.
Qual a diferença de switch e de um roteador?
Tenha em mente o seguinte: switches criam uma rede, já os roteadores conectam redes.
Um roteador liga computadores à Internet, para que os usuários possam compartilhar a conexão. Um roteador atua como um despachante, escolhendo o melhor caminho para que as informações viajem, de modo que sejam recebidas rapidamente.
Um switch vai ser o responsável pela comunicação entre os seus dispositivos na sua rede privada.
Já o roteador, vai ser o responsável por gerenciar o acesso dos seus dispositivos a sua internet.
Em um outro artigo irei explicar como escolher corretamente os switches e roteadores para sua empresa.