E a nuvem

Será a nuvem uma alternativa mais barata que manter os seus serviços em servidores locais (on-premises)? É isso que tentarei responder com esse artigo.

O uso de computação na nuvem tem crescido consideravelmente, principalmente em países de 1° mundo.  Existem vários tipo de computação na nuvem, desde a infraestrutura básica para a criação de máquinas virtuais também conhecido como IaaS, até a entrega de aplicações completas como um serviço, também chamado de SaaS.

No Brasil há um preconceito com relação a aluguel. Somos condicionados desde pequenos que casa alugada é um mau negócio, que é importante sempre ter a propriedade do bem. De certa forma esse preconceito existe também nas empresas, principalmente nas pequenas e médias. Vejo muitos clientes torcerem o nariz quando entregamos uma cotação e o produto especificado é uma assinatura e não uma compra perpétua. Acabam fazendo uma avaliação do projeto baseado em questões subjetivas sem ao menos fazer as contas.

No caso da computação na nuvem é a mesma coisa. A avaliação deve ser feita de forma técnica, considerando ambos os cenários, on-premises e nuvem. Como sempre gosto de falar em reuniões com clientes, não há o cenário perfeito, o que há é a solução específica para cada cenário.

Vamos aos números

Vamos pegar como exemplo um cenário onde o cliente precise de um servidor de e-mails Exchange Server. Considerando um cenário simples para 50 usuários, sem alta disponibilidade, com um servidor de 32GB e discos SAS em RAID 5, que suportem até 50GB de armazenamento por mailbox e ainda tenha espaço para o sistema operacional. Também consideramos a estrutura de backup com software Arcserve Backup mais o storage NAS para armazenamento do backup e também todo licenciamento necessário para o Windows Server e o Exchange mais os custos de certificado.

Diante de tudo isso chegamos a um custo total de R$ 64.397,63.

Pela nossa experiência, a maioria dos clientes renova sua estrutura de servidores de 5 em 5 anos. Então para achar o custo total de propriedade(TCO) de forma que possamos comparar com a nuvem, vamos dividir o valor total por 5, ficando um custo anual de R$ 12.879,53.

E quanto sairia a nuvem? Considerando a tabela da Microsoft para contratos Open de março de 2015, cada licença de Exchange Online plano 01 dentro do Office 365 sai por R$ 145,00 por usuário/ano. Considerando 50 usuários, o custo total por ano seria R$ 7.250,00, ou seja, a solução em nuvem tem um custo de propriedade bem mais interessante que a solução on-premises e ainda você diminui uma carga incrível de sua equipe de TI, terceirizando a responsabilidade de segurança, backup, energia, ar condicionado e etc, para a Microsoft.

Vamos agora considerar outro cenário.

Vamos supor que precisa de um ambiente de disaster recovery para suas máquinas virtuais, e essas máquinas precisam ter um tempo de RTO(Recovery Time Objective) e RPO(Recovery Point Objective) baixos.

Para fins de ilustração, vamos supor que seu ambiente consiste de um servidor com 32 GB de memória e 04 máquinas virtuais com 6GB cada. Suponha que todo esse ambiente rode em cima do Hyper-v 2012.

Você tem duas opções para montar esse cenário de disaster recovery. Uma é usando o Hyper-v Replica para a replicação das máquinas para um local secundário como uma filial da sua empresa. Neste cenário considere que deverá ter um link dedicado e ambiente adequado para essa máquina.

Outra opção é usar a nuvem da Microsoft com o Azure. Neste ambiente você precisa somente do link dedicado na matriz para implantar a comunicação com a nuvem.

Na primeira opção, um servidor com essas especificações costuma custar até uns R$ 24.000,00. Utilizando o Azure, segundo a calculadora do Azure, você terá um custo ao mês de R$ 675,25, enquanto for só a replicação. No caso de um incidente, você terá um custo hora adicional de R$ 0,90 por hora para cada máquina que estiver ligada.

É obvio a solução mais barata não é?

Então a nuvem é o melhor sempre?

Não necessariamente. Existem cenários onde ainda uma solução on-premises é a mais adequada como por exemplo, aplicações que exijam uma largura de banda alta  ou clientes que estão em locais com dificuldades de acesso a internet.

Porém, sempre tenha em mente que, no mínimo, é possível um ambiente hibrido, o que permitiria uma diminuição de custo de TI considerável.

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Eduardo Passos
Eduardo Passos
Diretor de serviços e produtos na Infobusiness Informática, com mais de 12 anos de experiência no mercado de TI brasileiro.