Seus dados antigos ocupam muito espaço? É difícil conciliar a redução do seu orçamento e o constante crescimento dos dados? Então o SQL Stretch DataBase é a solução.
Já falei sobre os novos recursos do SQL Server 2016 em outro artigo. Hoje quero falar especificamente de um recurso que pode ajudar a reduzir seus custos de armazenamento do banco de dados.
O que é Stretch DataBase?
O Stretch DataBase é um recurso presente no novo SQL Server 2016 e permite que você migre dados antigos para o Azure, economizando espaço em seu storage local. O grande diferencial do Stretch DataBase em relação ao armazenamento de dados inativo típico, é que seus dados estão sempre ao seu alcance.
Em vez de escalonar armazenamento local de alto custo, você pode simplesmente replicar parte dos dados para a nuvem do Azure. Segundo a Microsoft, o armazenamento no Azure destes dados pode gerar até 80% de economia em relação ao investimento em storage local.
Como identificar quais tabelas posso usar o Stretch DataBase ?
Existe uma forma simples de identificar bancos e tabelas elegíveis para usar o Stretch Database. Basta baixar o SQL Server 2016 Upgrade Advisor e rodar o relatório Stretch Database Advisor.
Agora abra o Upgrade Advisor, clique em Scenarios e depois clique em Run Stretch Database Advisor conforme figura abaixo:
Clique em Select Databases to Analyze > SQL Instance, entre com o nome do seu servidor (e credenciais se necessário) e então clique em Connect.
Agora você verá uma lista dos banco de dados presentes na sua instância do SQL Server. Escolha um e clique em Run.
Após clicar em Run você verá uma tela com um sumário sobre o banco de dados selecionado, conforme a tela abaixo.
Como pode ver na tela acima, você pode ajustar os critérios antes de rodar a análise.
Depois de rodar a análise, você verá uma tela mostrando quantos por % de seu banco é elegível ao SQL Stretch DataBase, quais tabelas são elegíveis e possíveis problemas de compatibilidade que possam existir antes de aplicar o Stretch DataBase. Você pode clicar sobres os warnings que foram mostrados para ver em detalhes os problemas de compatibilidade. Veja na imagem abaixo:
No exemplo da imagem acima, o problema informado é referente certas propriedades da tabela , tipos de dados e índices que são inelegíveis para o Stretch DataBase. E estes são apenas alguns problemas que você pode se deparar durante a analise para verificar a compatibilidade de seu banco com o Stretch DataBase. A lista completa com os requisitos para utilizar o Stretch DataBase você pode ver na documentação neste link.
Note-se que esta lista pode mudar antes do SQL Server 2016 ser lançado.
Além destas limitações, você também deve considerar que a tabela deve atender os seguintes requisitos:
- Deve ter uma coluna baseada em data e hora ou alguma outra maneira de determinar quais dados são velho ou “frios”;
- Suas consultas devem ser focadas em dados novos;
- Tenha certeza que os dados sobre os quais deseja aplicar o Stretch DataBase são dados que não deverão mais ser atualizados. Após aplicado o Stretch os dados se tornam read-only.
Conclusão
Usar o o recurso de Stretch DataBase pode ser uma forma muito rentável para arquivar dados mais antigos e mantê-los disponíveis apenas para consultas, tirando a carga de seu storage local e o mantendo focado no armazenamento de dados ainda “quentes” dentro do seu banco de dados SQL.